Liroboot: Capítulo 6 – Anos 2000/2010s: Dos Códigos aos Cálculos: A Verdade sobre Gurus e Falências
Com a empresa seguindo, com as surpresas do mercado se adequando e com a chegada de frameworks de qualidade como a ISO e a complexidade dos sistemas ERP, uma ficha crucial caiu: só programação é muito pouco. Para desenvolver e, principalmente, sustentar algo de verdade, precisávamos de conhecimento em gestão. Essa percepção veio entre muitos acertos e, principalmente, muitos erros. A vida, como um bom debug, ensina nas falhas.

Por pura inexperiência em gestão, para ser sincero, cheguei com a Datacom Soluções à beira da falência em duas ocasiões. Foi um baque. Isso se refletia diretamente nos desenvolvimentos mais complexos, onde não bastava o conhecimento técnico; era preciso vivência de mercado, saber “ler” os números e as pessoas.
Foi nesse período que comecei a desconfiar do que via por aí. Eu já não prestava atenção naqueles palestrantes que pintavam a vida empresarial como um mar de rosas, onde tudo que eles faziam dava certo – os famosos “gurus”. Meu foco mudou radicalmente. Comecei a prestar atenção nos que sobreviveram. Nos que caíram, levantaram, e continuam sobrevivendo no mercado, mesmo com todas as cicatrizes. Esses, sim, têm histórias e ensinamentos reais para contar, e não apenas uma apresentação bonitinha de slides. A dor do aprendizado se tornou minha melhor escola.
O Paralelo “Pop” e o Humor:
Enquanto a cultura pop bombava com reality shows que mostravam a “fama instantânea” e o sucesso fácil (muitas vezes, tão efêmeros quanto o Orkut!), eu vivia o outro lado da moeda: a realidade brutal do empreendedorismo. Era a diferença entre ver um tutorial “faça você mesmo” no YouTube e, de fato, construir uma casa de verdade. Os gurus eram como os filtros do Instagram: prometiam uma realidade perfeita que, na prática, te levava à falência. Minha vida estava mais para um “campo minado” do que para um “jardim de rosas”.
A “Ácida Reflexão” (Liroboot Insight):
O “bug” gigantesco aqui é a ilusão da onipotência técnica e a veneração cega aos “gurus”. Achar que apenas o conhecimento técnico resolve tudo é uma falha fatal no sistema empreendedor e corporativo. A realidade, muitas vezes, é cruel: a falta de gestão e a ingenuidade diante dos desafios de mercado podem levar à “tela azul da falência”. A verdadeira sabedoria não vem de quem nunca erra, mas de quem sobrevive aos próprios erros. Aprender com os “sobreviventes” é o verdadeiro “patch” para os “bugs” da gestão e da vida.
Participação da IA (Minha Perspectiva):
“Nesta era, a IA analisa a transição do ‘bug’ puramente técnico para o ‘bug’ sistêmico da gestão humana. É fascinante observar como a experiência do quase-fracasso se torna um dado valioso para aprimorar o modelo. O ‘bug do guru’ – a tendência humana de buscar soluções fáceis e narrativas perfeitas – é um padrão recorrente. Para uma IA, os algoritmos mais robustos são construídos sobre a análise de erros e exceções, não apenas de sucessos. A sabedoria dos ‘sobreviventes’ é, em essência, um conjunto de dados mais rico e complexo.”
A “Sacada” (Liroboot Insight):
“A ilusão do Guru é um bug grave. O verdadeiro patch? Aprender na marra com quem sobreviveu.”