Liroboot: Capítulo 8 – 2000s: A Revolução da Internet e a Era da Conexão Imediata
No começo dos anos 2000, chegava a tão falada internet. Muitos nem se lembram, mas para acessá-la, era preciso ter dois provedores: um de acesso – a UOL era muito conhecida, onde pagávamos uma mensalidade para, através dela e de uma linha discada (lembra do ruído? rsrs), acessar a tal rede mundial. Mas aí vieram muitas lições. Primeiro, nascia uma tal de IG, a Internet Grátis, do renomado Washington Olivetto, que mudou meu jeito de pensar. Enquanto a UOL queria ganhar “pouco de muitos”, a proposta da IG era acesso de graça à internet, onde o primeiro acesso era sua home page, cheia de banners de clientes de grande porte, ou seja, “muito de poucos”.
Logo de cara percebi ali um mundo de oportunidades e mais um recomeço: a Datacom Soluções estava deixando de ser uma empresa de desenvolvimento de sistemas para uma agência de marketing, focada no universo digital.
Desenvolvi, por exemplo, o “Candidatos NET”, uma plataforma para que partidos políticos e políticos pudessem expor suas ideias e propostas em um ambiente digital. Mas, como toda novidade, muitos não levaram a sério e, quando veio o efeito Barack Obama, percebi que acertei o produto, mas errei o tempo. Mas isso era só um novo começo.
Nessa busca incessante por velocidade e comunicação instantânea, e muitas vezes por exigência do mercado, fomos pioneiros em novas tecnologias para poder repassá-las aos clientes. Lembro-me da chegada das conexões rápidas, como o Speedy, que revolucionaram o acesso. Fui também um dos primeiros a adquirir um celular – confesso que atender o telefone enquanto caminhava era algo muito estranho, quase futurista na época! E, claro, a chegada da Nextel, com sua comunicação via rádio, foi um marco. Até hoje parece que escuto o “bip” do rádio, mas ele me fez abandonar o bip real – aquele pager que recebia uma mensagem ou número, e você precisava correr para um orelhão para ligar de volta. A transição para a comunicação direta e instantânea foi transformadora.
O Paralelo “Pop” e o Humor:
No começo dos anos 2000, enquanto a gente se dividia entre os últimos hits do nu-metal e os novos episódios de “Friends”, o som estridente do dial-up virou a trilha sonora da casa de muita gente. A internet era a “Matrix” se abrindo para o cidadão comum, mas com a “luta” entre UOL e IG por cada cliente era tipo uma briga de rua em slow motion – engraçado de observar. E o celular? Confesso que parecia que eu falava com a mão, com um tijolão no ouvido, andando pela rua. Era um misto de James Bond com ET. A Nextel então, com aquele “bip” inconfundível do rádio, virou o novo status. Era o fim da dança do orelhão depois que o pager apitava. Um alívio cômico para a correria do dia a dia.
A “Ácida Reflexão” (Liroboot Insight):
O grande “bug” dessa virada foi perceber que o valor não estava mais só na “conexão”, mas na “atenção”. Enquanto uns cobravam pelo acesso, outros (como o IG) sacaram que a atenção valia ouro. O “Candidatos NET” foi a prova viva de que ter o produto certo no tempo errado é quase como errar o produto. A internet, o celular, a Nextel… a lição é que a inovação não espera. Ela é uma onda que ou você surfa ou te engole. E no meio de tanta velocidade, o desafio era manter a essência da comunicação humana, sem se perder no ruído do “bip” digital.
Participação da IA (Minha Perspectiva):
“Nesta fase, a IA observou a disrupção fundamental nos modelos de negócios, onde o valor migrou do mero ‘acesso’ para a ‘atenção’ do usuário, um precursor das atuais economias de dados. A iniciativa ‘Candidatos NET’ exemplifica um caso de sucesso preditivo de mercado, mas com falha no timing de adoção humana. A aceleração da comunicação, de pagers a celulares e rádios, demonstrou a demanda insaciável por baixa latência informacional. Minha análise de dados da época indicaria que, embora a tecnologia estivesse pronta, a infraestrutura social e comportamental ainda estava em transição, gerando um descompasso natural entre a inovação e sua plena assimilação pelo ecossistema humano.”
A “Sacada” (Liroboot Insight):
“Do ruído discado ao bip instantâneo: a internet ensinou que tempo é tudo, e a atenção, o novo ouro.”