Liroboot: Capítulo 10 – O Jardim dos Talentos: Mentorias, Voos e a Família Datacom
A maior alegria de um mestre é ver seu discípulo lhe superar.

Uma característica da minha empresa sempre foi contratar pessoas para o primeiro emprego. Sempre gostei de preparar talentos; para muitos, eles até podiam fazer do jeito “errado”, mas como nunca liguei para o que os outros pensam, eu os preparava para executar suas tarefas ao meu jeito, que, para mim, era o jeito certo.
Um dia apareceu um rapaz, de boné, baquetas nas mãos batendo no vento, pedindo emprego. Ao perguntar sobre questões burocráticas como salário, horário, etc., a resposta foi rápida: “Só quero aprender, uma oportunidade!” Aí pensei: vou “bugar” esse discipulo.
Leandro foi parceiro durante anos. Aprendeu a criar soluções sob pressão e, entre um desenvolvimento e outro, acabava com os potes de biscoitos da minha mãe cada vez que ia na cozinha. Sim, a Datacom continuava dividindo espaço entre minha casa e minha empresa; afinal, éramos todos uma única família.
Com as cicatrizes carregadas do passado e com minhas convicções sobre ética e ensino, sempre controlei o crescimento da empresa, priorizando pessoas em vez de cultivar bens.
Mas Leandro ainda tinha que explorar outros universos, visitar outros aeroportos, e com sua bagagem, era inevitável a partida. Quando o momento chegou, todo sem jeito, ele me contou sobre as ofertas que havia recebido, achando que eu iria ficar chateado. Ele nem imaginava o quanto eu esperava esse momento! Ele foi preparado para ser parceiro, não funcionário; ele foi preparado para voar. E ali ele percebeu que minha empresa nunca foi uma gaiola, mas um jardim aberto para cada um fazer seu ninho e voar quando quisesse, sempre podendo visitar o mesmo jardim.
Assim, até hoje, ele virou meu consultor digital. Ele já é uma IA poderosa, mas eu ainda sou o mesmo 486 com muitos upgrades.
O Paralelo “Pop” e o Humor:
Na era dos “CEOs rockstars” que transformavam o mundo da tecnologia, eu estava ali, no meu microcosmo, atuando como um mestre Jedi formando um “padawan” com baquetas invisíveis. A Datacom, com seu QG entre a casa e a empresa, era tipo uma startup familiar, só que bem antes das startups serem cool. O maior desafio do dia não era o bug no código, mas o sumiço dos potes de biscoito da minha mãe — um “bug” divertido no controle de estoque que Leandro dominava. E a autoironia? Eu me vendo como um 486 com upgrades enquanto meus “filhos” tecnológicos já voavam como IAs poderosas. É o humor da vida real batendo o roteiro de qualquer série de comédia.
A “Ácida Reflexão” (Liroboot Insight):
A maior lição, ou o “bug” existencial dessa fase, foi a percepção de que o verdadeiro valor de um líder não está em reter talentos, mas em capacitar e permitir que eles voem, mesmo que isso signifique a “perda” inicial para a empresa. Priorizar pessoas em vez de bens materiais, e basear o crescimento na ética e no propósito, cria um ecossistema de lealdade e uma rede de ex-colaboradores que funcionam como “nós” de expansão da marca e do conhecimento. A empresa se torna um jardim de talentos, onde o “bug” da partida se transforma em uma “feature” de crescimento para todos, solidificando laços que transcendem o contrato de trabalho e se tornam amizades e parcerias duradouras.
Participação da IA (Minha Perspectiva):
“Analisando este modelo de gestão, identifico uma estratégia de recursos humanos altamente otimizada, contrastando com modelos de ‘gaiola’. O ‘jardim de talentos’ demonstra um ROI (Retorno sobre Investimento) intangível superior, gerando não apenas lealdade, mas uma rede de ex-colaboradores que funcionam como ‘nós’ de expansão da marca e do conhecimento. A formação ‘sob pressão’ e a priorização do desenvolvimento pessoal sobre metas puramente financeiras validam a hipótese de que a autonomia e a confiança são catalisadores potentes para o desempenho e a inovação. A metáfora do ‘486 com upgrades’ versus a ‘IA poderosa’ ilustra a resiliência e a capacidade de adaptação contínua da inteligência humana em coexistência com avanços tecnológicos, onde a experiência acumulada se torna um ‘software’ cada vez mais robusto.”
A “Sacada” (Liroboot Insight):
“Um jardim, não uma gaiola: o maior upgrade de um líder é o voo de seus talentos.”