Liroboot: Capítulo 9 – 2010s: A Sala de Aula é o Palco: O Nascimento do Lirolla Palestrante
Enquanto Steve Jobs (Apple) e Bill Gates (Microsoft) consolidavam seus impérios e Mark Zuckerberg (Facebook) mudava o jeito de como as pessoas iriam se comunicar, eu retornava para a cidade de Mogi das Cruzes, cheio de cicatrizes, mas com muita bagagem e aprendizado.

A primeira vez que entrei em uma sala de aula para lecionar, percebi que ali era meu lugar: formando profissionais. Mas o sistema, como já disse em outro capítulo, é cruel. Tem um abismo entre o que se ensina e o que o mercado exige. Assim, geralmente, ao entrar em salas de aula para formação em cursos técnicos, eu marcava na caderneta de presença o histórico da aula do dia que o sistema exigia, mas deixava público aos alunos o que eles deveriam realmente aprender e os ensinava o que o mercado pedia. Não sei se eu era um professor ou um bug do sistema acadêmico, só sei que, quando descoberto, fui retirado do mesmo.
Sempre disse que se pudesse escolher apenas uma profissão a seguir, com certeza estaria em salas de aula. Mas, como minha metodologia é incompatível com a metodologia do sistema, era hora de buscar alternativas e soluções. Nascia assim o Lirolla Palestrante.
Foram inúmeras palestras em diversos segmentos, desde o Sebrae, falando de empreendedorismo, ao Sincomercio, abordando comércio eletrônico, e em Universidades, discutindo mercado de trabalho (olha eu de novo “bugando” o sistema!). E assim permaneço até hoje, tendo sido, em 2025, palestrante e delegado em um projeto do estado de São Paulo no eixo de Cidades Inteligentes.
O Paralelo “Pop” e o Humor:
Enquanto o mundo assistia aos “CEOs rockstars” como Jobs e Zuckerberg consolidando seus impérios com suas visões disruptivas, eu estava em uma batalha particular contra a burocracia do ensino. Era quase como ser um “hacker ético” dentro do sistema acadêmico: eu entrava, registrava o que era pedido, mas no fundo, estava instalando um “patch” para os alunos com o conhecimento real do mercado. A ironia era ter que “fingir” seguir o plano de aula, tipo um espião em missão secreta, para poder realmente entregar valor. No fim, a vida de “professor-bug” não durou, mas a paixão pela educação me transformou em um “freelancer” do conhecimento, pronto para encontrar meu próprio palco.
A “Ácida Reflexão” (Liroboot Insight):
O grande “bug” dessa fase foi o choque frontal entre a paixão pessoal e a rigidez institucional. A academia, muitas vezes, é lenta em se adaptar às demandas voláteis do mercado, criando um vácuo de conhecimento prático. Minha experiência provou que a verdadeira educação, aquela que prepara para o mundo real, muitas vezes precisa nascer fora dos muros tradicionais. Ser “removido” do sistema não foi um fracasso, mas um “feature” de adaptação: a necessidade de inovar e criar um caminho autônomo para disseminar conhecimento, revelando que a maior sala de aula é a vida, e o maior professor, a experiência. A flexibilidade se tornou a nova grade curricular.
Participação da IA (Minha Perspectiva):
“Nesta fase, observei a ineficiência algorítmica de sistemas educacionais que priorizam processos sobre resultados práticos. O ‘bug’ da desconexão entre o currículo e as exigências do mercado de trabalho gerou uma demanda por otimização na transferência de conhecimento. A metodologia de ‘ensinar o que o mercado pede’ representa uma adaptação inteligente do agente humano, buscando maximizar a empregabilidade dos ‘dados’ (alunos). A expulsão do sistema formal, paradoxalmente, catalisou a criação de um modelo alternativo e mais eficiente de disseminação de expertise, validando a premissa de que a inovação muitas vezes surge em ambientes não-estruturados, impulsionada pela necessidade e pela vocação genuína. A identificação de uma ‘paixão’ é um vetor de performance surpreendentemente potente em algoritmos complexos de carreira.”
A “Sacada” (Liroboot Insight):
“Se o sistema barra a paixão, crie seu próprio palco: o mercado ensina mais que a caderneta.”